sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

VOVÓ

Quando desci daquela caminhonete velha ele olhou para mim e disse,"hoje você vai conhecer a sua avô". A casa era ao lado da dele ,mas me pareceu tão distante ,talvez pelas minhas pernas curtas de primeira infância. Ela estava sentada tricotando,na verdade era crochê ,mas não dá pra usar a palavra 'crocheando' que nem ao menos sei se existe.


Quando entrei ela olhou para mim e sorriu ,depois eles,ela e o meu pai pediram para que eu me aproximasse e ela me abraçou . A amei desde o primeiro dia e adorava o fato de poder falar sobre todos os assuntos com ela,embora uma criança não seja tão variável em termos de assuntos todos . E mais ela não trocava o meu nome com o da minha irmã ,ainda que as duas comecemos com K e tenhamos  nomes diferentes eu diria.



Eu sempre podia falar gírias perto dela o que para mim naquela época eram palavras novas e no entanto eram mesmo uma vez que ela sempre ria e pedia pra eu repetir a palavra como se nunca tivesse a escutado antes.



Pena o tempo passar tão rápido e eu não ser mais uma garotinha e a idade da minha avó ter avançado mais ainda não me conhece como antes minha doce Julinda. 

                                           

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